sexta-feira, 24 de junho de 2011

OBESIDADE MENTAL -ASSUNTO SÉRIO

ALÔ PESSOAL!!!!!!!
Feriado no país e eu aqui lendo uma teoria bem interessante que passo para voces!
Trata-se de um livro, leia abaixo:
O professor Andrew Oitke, publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma “alimentação intelectual” tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.”
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: “O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. “Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.”
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabonitismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.

fonte:http://www.teias.com.br
Bom, de qualquer forma que se leia, tudo faz sentido. Se a obra existe, se o professor Andrew existe( o que já foi contestado) , se as publicações existem isso é outro assunto que não cabe discutir.
O fato é que as proposições são sérias, verdadeiras e muito consistentes com o panorama da educação e mídia atuais.
Não é?

10 comentários:

Victor disse...

Achei o texto fantástico, porém, muitas críticas podem ser feitas a ele. O fato é que o termo "obesidade mental" é muito abstrato, e se não for muito bem definido pode levar a uma enorme quantidade de erros. Nós não sabemos ainda como a mente humana funciona (mente, não cérebro), não sabemos as causas dos nossos desejos, das nossas vontades. Não chegamos em nenhuma conclusão sobre o livre-arbítrio. É necessário muito cuidado ao atribuir ações a causa dessa obesidade mental.

Tenho a impressão de que o autor do texto é MUITO conservador. Um indivíduo não pode falar mal de certas práticas simplesmente por não gostar delas:
"A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo."
Ora, Qual é o problema em contestar a família? Um indivíduo deve contestar sua família caso queira se elevar acima dela, quebrar os preconceitos e o medo cego que prendem-no; deve julgar e criticar a família que oprime, que limita um indivíduo psicologicamente, que introduz uma disciplina desnecessária e obriga todos a pensarem da mesma maneira. Qual é a instituição que mais dissemina preconceitos e limita o homem se não a família? Sabemos que não é toda família que se mantém unida por laços afetivos genuinamente dotados de amor puro, compaixão e respeito. Se não se der de tal forma, a família deve sim ser contestada! e isso não é uma consequência da Obesidade mental, e sim um ato de coragem, de virtude, de progresso!

O mesmo vale para a tradição. Toda tradição deve ser esmagada, queimada, e bem enterrada, para que possa florescer acima uma nova cultura, melhor e mais forte. O mundo não para, e o que faz a tradição a não ser atrasar mais ainda aquilo que é inevitável?

A arte é um reflexo da sociedade. Ela sempre existira até mesmo nas mãos dos homens mais individualistas e de espirito livre, porém, somente a sociedade escolhe a arte definitiva, aquela que agrada a maioria e serve como um espelho que reflete o pensamento de todo um tempo. O barroco reflete toda a dor e toda a agonia dos homens que se encontravam perdidos entre o divino e o profano; mas também pode ser visto como uma arte de fanatismo, sem nenhum conteúdo. É tudo relativo. O realismo representa o grande ceticismo de uma época que começava a pensar sem a necessidade de um deus; aplicando tanto determinismo quanto fosse necessário; mas ainda assim é seca e limitada. O Modernismo é sim paradoxal, contraditório, irracional. Mas é também todo o divino que existe dentro de todo homem, que é usado para transcender todos os limites da razão, e se mostra amor e ódio, claro e escuro, tudo ao mesmo tempo. Portanto não se pode criticar nenhuma arte, mas tão somente a mente coletiva do homem de uma certa época. Todas as artes são ruins e boas ao mesmo tempo. Não se faz ciência com subjetividade, o autor esqueceu que a demonização é ato característico do futuro quando tenta se afirmar perante o passado, e somos nós, e ele, os próximos a serem demonizados.

Victor disse...

Em relação à obesidade mental há muito que se dizer. Mas não é nada novo. Nossa mente tende a seguir padrões e se afirmar naquilo que fazemos habitualmente. Um indivíduo que passa maior parte do seu tempo livre assistindo programas de fofoca, tragédia gratuita, comédia obscena, logo passa a "sintonizar" sua mente com tudo isso, tornando-a tão fútil quanto tudo isso, o que acaba por estagnar toda uma vida. É a mesma teoria das egregoras e das consciências coletivas (Jung). E não vejo solução para esse problema... Nem mesmo a educação pode contra um "monstro" desses; que tende lentamente a condenar os homens a ignorancia e a solidão. E certamente não ajuda ser conservador demais e dizer que tudo que "eu não gosto" é obesidade mental e portanto deve ser eliminado; é tão radical quanto não fazer nada e "engordar mentalmente". É incrível como que na tentativa de melhorar, acabamos criando ainda mais preconceitos e vícios mentais. Parabéns pela ótima matéria Lígia! desculpe pelo longo comentário : )

“Dois excessos: excluir a razão, não admitir mais do que a razão.” (Blaise Pascal)

"Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável." (Erasmo de Rotterdam)

“É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.” (Epiteto)

“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.” (Immanuel Kant)

"Nas mãos do homem, tudo degenera" (Rousseau)

XQUIMICA disse...

Ótimo Victor! É justamente o poder de provocar embates, circular informações, trazer sentimentos à tona, que o texto foi inserido!
Obesidade mental é um termo forte, mas o impacto dele é o mote.
Imagine quanto lixo está acumulado em determinadas mentes , de acordo com a vida televisa e jornalística que tem?
E, não concordo: podemos aprender sim, o que já foi aprendido, só que fazemos de outra maneira, novas assimalções, novas redes...
parabéns pela "defesa"de suas idéias...
Abraços!

Victor disse...

Eu não quero passar a ideia errada. Eu concordo sim com o texto, só acho que devemos ter cuidado ao classificar as coisas como obesidade mental. Todos nos acumulamos lixo mental diariamente, o que faz a diferença é a quantidade de lixo, e a intensidade dele em cada indivíduo.

E não adianta dizer: "temos que parar de inserir conteúdo fútil, estupido e obsceno em nossas mentes. Vamos acabar com o lixo mental e absorver informação de qualidade!". Você é professora e sabe o quanto é difícil inserir um hábito saudável na vida de um aluno seu. Se o interesse não partir do indivíduo, então o que é dito entra em uma orelha e sai pela outra; é completamente ignorado. Acho que o verdadeiro assunto a ser discutido é: Como podemos estimular as pessoas a se interessarem por informação de qualidade? Como realizar essa "dieta mental"? Como fazer uma criança (já que estamos falando de educação) se interessar por politica, ciência, conhecimento, religiosidade (não religião), arte e etc. quando toda uma torrente de lixo arrasta nossa cultura exatamente para o lado oposto? É mais fácil estimular um jovem a comer verduras e legumes do que fazê-lo pensar criticamente (há exceções).

Nossos professores são muito mal pagos e além disso não são tão bem vistos socialmente quanto outros profissionais (compare um professor e um advogado ou empresário). Nosso país não incentiva a educação, as pesquisas acadêmicas. Pouquíssimas coisas são feitas pelo bem da sociedade, todo o resto é feito por necessidade ou por dinheiro. Como um aluno pode se interessar pela educação?

Desculpe se fugi demais do assunto. E me perdoe se fui muito radical. Um abraço : )

XQUIMICA disse...

Fugir do assunto? Victor voce é uma radiante luz no fim do tunel de qualquer professor!Senso crítico, análise, ponderação,tudo no seu texto.
Concordo com voce: mais fácil criança comer legumes do que interesse por assuntos benéficos à sua saúde mental.Estímulos, sim, precisamos todos, mas que venham de forma honesta, presencial, concisa.
E não temos, por enquanto,gente suficiente para essa tarefa. Sou otimista e acredito que poderemos mudar....
Muito obrigada por seus textos!
grande abraço
Lígia

Victor disse...

Eu posso estar errado, mas acho que as escolas poderiam dar uma direção mais "humana" e social no ensino. Isso exigiria toda uma mudança na sociedade e na nossa cultura, mas acho que é uma coisa que pode ser feita de maneira lenta e cuidadosa.

O que eu quero dizer é: crescemos em uma cultura que valoriza demais o dinheiro e o sucesso profissional; não que isso seja errado, a própria sociedade impõe uma necessidade pra essas coisas. Mas o aluno cresce sem perspectiva nenhuma. Esse sistema sacrifica a criatividade, o entusiasmo, a vontade de aprender e o senso crítico. Conclusão: a maioria das pessoas só se voltam para o lucro, procuram o caminho mais fácil. O Estado só incentiva a ciência e o conhecimento quando há um interesse econômico por traz. Deixo aqui o link de uma matéria muito interessante que saiu no estadão pouco tempo atrás. Vale a pena ver e vale muito mais que o meu comentário: Competitividade na escola é criticada

XQUIMICA disse...

Obrigada, Victor, vou ler o texto que voce me mandou, assim que a festa "injuriadalina" acabar...
Abraços!

XQUIMICA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sollytta disse...

Prof..... tava arrumando minhas coisas... e encontrei a tabela periodica q vc me deu na 8ª serie.... to tentando lembrar tds as frases p decorar a tabela e soh consegui lembrar algumas... e tbm lembrei das cartas q fizemos com tds os elementos da tabela.... o dia de ler as cartas foi um dos melhores... rimos mto... eu deveria ter guardado a minha.... bateu uma mega saudade.... espero q vc esteja bem...... um milhao d bjs
da sua aluna
Soraya Lima

XQUIMICA disse...

Soraya, que saudades! Fico muito feliz que tenha "me achado!"
bjs e obrigada por acessar o XQUIMICA!

Arquivo do blog