terça-feira, 20 de agosto de 2013

FUNCIONAMENTO E COMPONENTES DE UMA USINA NUCLEAR

ALÔ PESSOAL! 
Mais um item para seus estudos: funcionamento de usinas nucleares, onde ocorrem diversas reações de fissão nuclear.
Vamos lá!
Imagem de abril de 2011 mostra a usina nuclear de Cruas, que foi invadida por ativistas do Greenpeace
USINA NUCLEAR - FRANÇA

Reatores nucleares são dispositivos cujos componentes são arranjados de tal forma que uma reação em cadeia auto-sustentada de fissões nucleares pode ocorrer de forma controlada.

Vamos analisar essa frase por partes:

- FISSÃO NUCLEAR:  é o processo pelo qual um núcleo pesado parte-se em dois núcleos menores, liberando nêutrons e energia.

- REAÇÃO EM CADEIA de fissão nuclear: Reação em cadeia, por sua vez, é uma sequência de reações de fissão que dependem do produtos das reações anteriores para ocorrer. Os nêutrons liberados na fissão de um núcleo, por exemplo, podem induzir novas fissões nucleares que, por sua vez, liberam mais nêutrons que podem induzir novas fissões e assim vai!

- Reação em cadeia de fissão nuclear AUTO-SUSTENTADA: Dizemos que a reação em cadeia é auto-sustentada quando o número de fissões nucleares em um certo instante de tempo é igual ou maior ao número de fissões nucleares que ocorreram em um instante de tempo anterior. Para entender melhor isso, vamos imaginar um experimento: no laboratório há um recipiente cheio de água e sal de Urânio dissolvido. Imagine que é possível medir o número de fissões que acontecem a cada intervalo de tempo neste recipiente. Na primeira contagem, ocorrem 1000 fissões em 1 segundo, por exemplo. Na segunda contagem, se o número de fissões medidos em 1 segundo for maior ou igual a 1000, a reação em cadeia é auto-sustentada, podendo ser crescente (no caso em que for maior) ou constante (se for igual). Por outro lado, se o número de fissões medidos na segunda contagem for menor que o medido na primeira, o número de reações vai caindo com o tempo, até que não aconteça mais nenhuma reação de fissão.

Os reatores nucleares operam, na maior parte do tempo, mantendo o número de reações constante com o tempo. Desvios dessa condição podem ocorrer, por exemplo, nas operações de partida (quando o número de fissões aumenta com o tempo) e no desligamento do reator (quando este número diminui com o tempo). Já no caso da bomba atômica, o número de fissões nucleares aumenta MUITO RÁPIDO com o tempo, de forma descontrolada, até culminar na grande explosão.

- Reação em cadeia de fissão nuclear auto-sustentada e CONTROLADA: nos reatores nucleares, além de auto-sustentada, a reação em cadeia é controlada. Uma das maneiras de realizar esse controle é através das chamadas barras de controle que atuam ABSORVENDO OS NÊUTRONS, impedindo-os de induzirem fissões nucleares além daquelas desejadas. Essas barras podem ser inseridas ou retiradas do núcleo dos reatores (isto é, a parte que contém o combustível nuclear) a fim de diminuir ou aumentar o número de nêutrons disponíveis para as fissões.

Para manter a reação em cadeia auto-sustentada e controlada nos reatores nucleares, os nêutrons são a chave: deve haver um equilíbrio, a cada instante, entre o número de nêutrons que são "criados" e o número de nêutrons que "desaparecem" do reator.  Cada fissão nuclear pode liberar de 1 a 4 nêutrons. Logo, a fissão nuclear é um dos mecanismos pelos quais nêutrons são "criados" nos reatores e depende, basicamente, das características do material usado como combustível nuclear e da disposição e características físicas e químicas dos diversos componentes do reator. Por outro lado, os nêutrons podem "desaparecer" de duas formas: ou escapando do núcleo do reator ou sendo absorvidos dentro dele. Esse "desaparecimento" é governado tanto pelo tamanho do reator, quanto pela disposição e características de seus diversos componentes.


Componentes dos reatores nucleares

1. Combustível nuclear: é parte do reator composta pelo material que vai sofrer a fissão nuclear. O material mais utilizado como combustível nuclear no mundo é o Urânio enriquecido, material composto, basicamente, por dois isótopos de Urânio: U-238 (mais abundante na natureza) e U-235 (o mais cobiçado para a fissão nuclear). A razão entre a quantidade de U-235 e a de U-238 é a medida do ENRIQUECIMENTO do material. Esse urânio enriquecido é processado e misturado a outros materiais para formar as estruturas que são de fato usadas nos reatores nucleares. Pastilhas cerâmicas de Óxido de Urânio, por exemplo, podem ser agrupadas dentro de um envoltório metálico de liga de zircônio para formar as varetas combustíveis, tipo de estrutura utilizada nos reatores de Angra dos Reis.

2. Fluido refrigerante: fluido utilizado para remover o calor liberado pelas fissões nucleares no combustível. São utilizados, dependendo do tipo de reator, gases como Hélio e vapor d'água, líquidos como água e água pesada e metais líquidos como sódio. No caso das usinas de Angra, a água é utilizada como líquido refrigerante.

3. Barras de controle e segurança: componentes que absorvem nêutrons a fim de controlar ou até desligar o reator em caso de emergência. Para isso, são frequentemente utilizados Carbeto de Boro e ligas de Prata-Índio-Cádmio. Pode-se usar também ácido bórico diluído no refrigerante.

4. Refletor: materiais refletores são utilizados para minimizar a fuga de nêutrons do núcleo do reator, refletindo parte dos nêutrons fujões para dentro do núcleo novamente. Para esse fim, os principais materiais utilizados são água, água pesada, grafite e Berílio.

5. Moderador: material utilizado para diminuir a velocidade dos nêutrons, requisito necessário em alguns tipos de reatores (como os térmicos). Isso porque o nêutron originado na fissão nuclear apresenta uma velocidade muito alta, atravessando o reator quase sem interagir com o material do combustível. Em outras palavras, a chance desse nêutron rápido induzir uma nova fissão é muito baixa, mas essa chance aumenta se a velocidade do nêutron for menor, daí a necessidade de freá-lo. Materiais como água, grafite e Berílio são frequentemente utilizados como moderadores.

Percebam que cada um desses componentes tem sua importância para o correto funcionamento dos reatores nucleares.

fonte:http://conhecerparadebater.blogspot.com.br
Percebem que uma usina nuclear é muito complexa?

LIXO ATÔMICO NO BRASIL


ALÔ PESSOAL!
Conforme combinado, vamos começar nossa revisão para os vestibulares!
E o assunto " LIXO ATÔMICO " está na nossa primeira pauta.
Vejam o vídeo abaixo e começaremos a discutir:  Os resíduos radioativos são organizados em três classes, segundo o nível de radioatividade que apresentam: de baixa, média e alta atividades. São classificados também em função da meia-vida dos elementos radioativos presentes nos mesmos, como rejeitos de longa e de baixa duração.

Os resíduos de baixa atividade (“Low Level Waste – LLW”) compreendem, principalmente, materiais ligeiramente contaminados como papéis, plásticos, vestimentas e ferramentas. Também são classificados dessa forma a maior parte dos gases e dos líquidos ativados ou contaminados produzidos durante a operação de uma Usina Nuclear. Já os resíduos de média atividade (“Intermediate Level Waste – ILW”) compreendem filtros, resinas e outros materiais que sofreram contaminação.




Atualmente, existem tecnologias seguras para o gerenciamento de resíduos de média e baixa atividades, desde sua coleta até o armazenamento nos depósitos iniciais. No caso do Brasil, os resíduos sólidos de baixa e média atividades são acondicionados em embalagens metálicas, testadas e qualificadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e transferidos para os depósitos iniciais, construídos na própria Central Nuclear de Angra dos Reis (foto à esquerda). Esses depósitos são permanentemente controlados e fiscalizados por técnicos de proteção radiológica e especialistas em segurança da Eletronuclear.

Os resíduos de alta atividade (“High Level Waste – HLW”) têm atividade de vida longa e, como geram quantidades consideráveis de calor (calor de decaimento), necessitam de resfriamento por no mínimo 10 anos. Durante esse período, esses resíduos são mantidos em instalações de armazenamento inicial (piscinas de resfriamento de combustível usado como a de Angra 1 na foto à direita) junto às centrais nucleares que os produziram, obedecendo normas internacionais de segurança. O Brasil é signatário da Convenção Internacional para Gerenciamento Seguro de Rejeitos Radioativos e Combustível Usado, sendo periodicamente auditado pela Agência Internacional de Energia Atômica com base em relatório que bianualmente é encaminhado a essa organização.

Além dos resíduos produzidos pelas usinas nucleares, há aqueles produzidos pela área da saúde e a industrial. A CNEN mantém, armazenadas em seus institutos no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belo Horizonte, em Goiânia e em Recife, fontes radioativas em desuso, recebidas de clínicas médicas, hospitais, indústrias e centros de pesquisa. O transporte, o tratamento e o armazenamento desses materiais também são realizados seguindo padrões internacionais de segurança recomendados pela Agência Internacional de Energia Atômica.

Como a quantidade de resíduos radioativos produzidos no Brasil é pouca quando comparada à de países que têm uma participação maior da energia nuclear em suas matrizes energéticas (França, Japão e os Estados Unidos, por exemplo), os resíduos que estão estocados nos Depósitos Iniciais da Central Nuclear em Angra e nos da CNEN deverão permanecer onde estão até que seja construído um depósito de longo prazo ou definitivo, cuja responsabilidade de implantação é da CNEN.

Segundo a própria Eletronuclear, o esgotamento da capacidade de armazenamento do Centro de Gerenciamento de Rejeitos da Central Nuclear dar-se-á em 2020, quando, segundo planejamento da CNEN e da Eletronuclear, o depósito definitivo de resíduos radioativos já estará implantado. Para os elementos combustíveis usados, a capacidade das piscinas existentes é até 2021. Entretanto, está em andamento a construção de um depósito inicial de combustível irradiado na Central Nuclear para armazenar os combustíveis irradiados que hoje estão nas piscinas anexas aos reatores.
fontehttp://conhecerparadebater.blogspot.com.br
Conforme vocês leram, ainda é pouco divulgado como se controla e armazena o lixo atômico.
Mas ainda veremos mais coisas!!!!

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